sexta-feira, 9 de julho de 2010
A via estatutária está morta: Galiza necessita a Independência
Despois de conhecer a sentença emitida polo Tribunal Constitucional espanhol a respeito do Estatut de Catalunya, as organizaçons independentistas Espaço Irmandinho (EI), Movemento pola Base (MpB) e Frente Popular Galega (FPG) queremos transmitir ao povo galego as seguintes consideraçons:
1º Com este auto do TC, o Estado Espanhol volve dar, mais umha vez, mostra da sua natureza antidemocrática: umha norma legal desenvolvida no seo da arquitectura jurídica espanhola, aprovada por 90% do Parlament catalám, polo parlamento espanhol e refrendada polo povo catalám, é mutilada por um tribunal criado a propósito para a defesa do “espírito constitucional”, é dizer, neste caso, da defesa da “indisoluble unidad de la nación espanhola”, sacralizada e recolhida no artigo 2º dumha Constituiçom espanhola, que o próprio Franco deixou bem atada na pessoa do Borbón, e à que o nosso povo virou as costas massivamente em 1978.
2º Afirmamos que esta sentença confirma o nulo percorrido da estratégia autonomista como "via progressiva" face a Soberania Nacional. As reivindicaçons das naçons sem Estado tocárom teito dentro do marco constitucional espanhol. Devemos insistir, portanto, em que o reconhecimento nacional da Galiza e dos direitos nacionais que nos correspondem como naçom, entre eles o de Autodeterminaçom, ficam totalmente negados mais umha vez polo Reino de Espanha. A ideia de avançar face um Estado plurinacional que pudesse, hipoteticamente, reconhecer em igualdade de condiçons a identidade, a liberdade e os direitos deste país, Galiza, mostra-se mais umha vez como umha quimeira ingénua ou como umha arma contra a luita de liberaçom nacional.
3º Reafirmamos a via independentista como única alternativa possível para conquistar um futuro de Soberania Nacional para a Galiza. Neste sentido, queremos chamar a atençom dos galegos e galegas sobre o balanço abertamente negativo que fazemos destes 32 anos de autonomia em Espanha: generalizaçom da precariedade laboral, reduçom do número de falantes de Galego, deterioro ambiental e territorial, espólio dos recursos nacionais, disoluçom crescente dos laços comunitários, etc. Como já anunciaramos o nacionalismo popular na Transición, o regime autonómico é inútil para solucionar as principais problemáticas sócio- económicas, ambientais e políticas da nossa Terra.
4º Por isto, desde umha posiçom democrática, patriótica, soberanista e de esquerdas, devemos deixar claro que nom vamos assumir o rol colonialista que pretendem reinstaurar políticos e caciques de novo cunho, como certos sectores maioritários no autonomismo autóctono, que pretendem vender o País a umha determinada burguesia que tam só é correia de transmisom do grande capital e, portanto, tam reaccionária no social como no nacional.
5º Fazemos um chamamento à totalidade do nacionalismo galego e às classes populares para enfrontarrnos futura reforma estatutária “perfeitamente constitucional” que PP e PSOE iniciarám em breve e que, provavelmente, contará com o concurso da direcçom do autonomismo. Fazemos um chamamento, pois, a todas as trabalhadoras e trabalhadores, aos e as patriotas galegas e ao conhunto das e dos democratas deste país para rejeitar o marco autonómico e para apostar na rutura com o marco jurídico–político imposto polo fascismo espanhol, como única possibilidade para construír um futuro de autêntica democracia e soberania neste país.6º Damos, por último, o nosso apoio aos companheiros e companheiras cataláns que nesta vindeira fim-de-semana se manifestarám em favor da sua naçom e do direito inalienável a decidirem o seu presente e futuro sem ingerências e em liberdade.
Viva Galiza Ceive e Socialista!
Estatutos nom, autodeterminaçom!
A Independência é o único caminho!