Este é o sítio web do Espaço Irmandinho. Um modesto ponto de informaçom na Internet que pretendemos sirva como referência própria e local de contacto com a rede nacional de militantes independentistas que constituimos em 2005 para trabalhar na construçom e a liberaçom nacional e social deste país.Aplicando à nossa política de comunicaçom os princípios de renúncia ao marketing fraccional competitivo e fomento dos projectos mediáticos em chave nacional e independentista, este portal oferecerá apenas o que é próprio e exclusivo da fracçom política que o impulsiona –textos públicos, iniciativas, propostas, etc.-, renunciando à tentaçom de abrangermos o amplo espaço que vai da formaçom à informaçom quotidiana hoje cuberto por múltiplos projectos que respondem a este abano de necessidades com mais eficiência que em qualquer outro momento histórico anterior. Apontar, por último, que neste sítio web aparecerám esporadicamente aqueles pronunciamentos e valorizaçons sócio-políticas que a nossa rede organizativa considere necessário publicar e fazer chegar à militáncia do Movimento de Liberaçom Nacional Galego e o conjunto do povo.


sábado, 9 de outubro de 2010

Ante o dia da Galiza Combatente

Recordamos neste Dia da Galiza Combatente a queda em combate dos militantes do EGPGC Lola Castro Lamas e Jose Vilar Regueiro em 1990 quando participavam numha acçom contra o negócio criminoso do narcotráfico. Por sua vez, celebramos também o 10º aniversário da declaraçom do 11 de Outubro como Dia da Galiza Combatente. Mais um ano, a lembrança convoca à reflexom, à avaliaçom do presente e o desenho e construçom de vieiros para avançar no projecto de emancipaçom nacional e social deste País.

Longe dumha memória independentista entendida como nostálgia passiva, mitomania ou recopilaçom historiográfica, longe das políticas de cópia e cola aplicadas a realidades sociais e momentos históricos distintos e distantes, evocar quem arriscárom e arriscam a liberdade e a vida no combate contra a dominaçom colonial, quando esta evocaçom é sincera, com projecçom de futuro, exige assinalar caminhos polos que continuar o combate nacional pola liberdade.

O Espaço Irmandinho, com o exemplo de Moncho Reboiras, de Lola Castro e de Jose Vilar nas nossas retinas, queremos achegar neste dia três graus de areia que achamos imprescindíveis para avançar no caminho assinalado por Moncho, Lola e José e por milhares de galegas e galegos:

É prioridade reorganizar o campo independentista, dotando-o, como primeiro passo, do referente político amplo em chave de emancipaçom nacional e social que supere a atomizaçom e o irresolúvel conflito fraccional. Tam óbvia como a complexidade da tarefa é a sua necessidade e a importáncia de desenvolvê-la com seriedade sobre bases firmes. Queremos exprimir hoje que o nosso agrupamento de militantes é, e será, um aliado firme e confiável daqueles agentes políticos e sociais, homes e mulheres, decididos a se comprometer a fundo nesta obra colectiva.

Confirmamos mais umha vez na Greve Geral de 29-S, quando a Galiza invalidava as prediçons dos opinólogos e desbordava a capacidade de contençom dos lacaios da repressom, que somos um povo disposto a defender-se. Corresponde-nos, pois, como independentistas, umha intervençom decidida e coordenada no remoinho da crise capitalista que agudize contradiçons e acumule forças numha estratégia nacional à margem da armadilha estatutista e das cumplicidades na legitimaçom do Estado opressor.

Lograr a combinaçom acertada de métodos de luita é a prova irrefutável da inteligência colectiva dum movimento de libertaçom nacional, à vez que a tarefa mais difícil. Acumular forças e avançar, saber quando golpear ou repregar-se em ordem, esquivar as batalhas em campo aberto, tender pontes e construir confianças férreas, estimar constantemente a correlaçom de forças, etc. som práticas que definem um arte cujo domínio exige décadas de experiência. Nós, desde a modéstia, mas também desde o compromisso diário e intransigente, admitimos carecer da fórmula mágica. Descubri-la será fruto da praxe colectiva dum MLNG numha dialéctica constante de ensaio, erro e acerto. Contodo, sim sabemos que o inimigo procura fendas onde fazer alavanca para dinamitar as coesons presentes e as que estám por edificar. Neste sentido é que queremos incidir mais umha vez na necessidade de, mantendo a valiosa diversidade interna que nos caracteriza, sermos tod@s um só home, umha soa mulher, frente os repressores e com @s repressaliad@s de onte, hoje e amanhá.

D. M. Q. E.

Viva Galiza ceive!

Viva o Dia da Galiza Combatente!

Espaço Irmandinho

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Espaço Irmandinho chama a participar na III Cadeia Humana pola Liberdade d@s Pres@s Independentistas Galeg@s


O Dia da Pátria é, antes de mais, um dia de afirmaçom nacional e renovaçom dum compromisso de luita. Neste Dia da Pátria de 2010, a rede nacional de militantes Espaço Irmandinho quer ter presentes àqueles militantes que, polo seu compromisso consequente com a luita pola liberaçom nacional do nosso País, se encontram presos e dispersados neste momento: Ugio Caamanho Sam-Tisso e Jurjo R. Olveira. Aliás, queremos denunciar também o imediato ingresso em prisom dos patriotas galegos Santiago Vigo Domingues e José Manuel Sanches Gorgas após a recente revisom da sua sentença.


Devemos estar plenamente conscientes de que a repressom é e será sempre umha companheira inseparável da luita independentista, e de que só o alargamento e fortalecimento desta, em todos os planos da sua prática quotidiana, logrará a derrota dos seus objectivos de coacçom, contençom e parálise. De Espaço Irmandinho animamos a todos e todas as patriotas galegas a pordes o vosso grau de areia para a solidariedade activa com quem neste 25 de Julho, embora nom estarám presentes fisicamente, sim o estarám com o cérebro e o coraçom, sentindo o avanço d@s independentistas polas ruas de Compostela. Apesar da ocupaçom policial. Apesar da censura. Apesar da repressom.


Animamos pois à militáncia nacionalista implicada no combate por um futuro de independência para a Galiza, por cima de siglas e banderias, a estardes presentes na III Cadeia Humana pola Liberdade d@s Pres@s Independentistas que convoca o organismo popular anti-repressivo Ceivar a partir das 19:00 h. na Praça da Galiza, exigindo a repatriaçom e liberdade de quem neste Dia da Pátria de todos os homes e mulheres que, por motivos políticos, permanecerám fora e longe das suas casas.


Defender a Terra nom é delito!
Liberdade patriotas galegos!
Tod@s à Cadeia Humana com Ceivar!

Dia da Pátria 2010


Desde a nossa organizaçom e por quarto ano consecutivo queremos fazer um chamamento ao povo trabalhador galego a participar na manifestaçom nacional convocada pola entidade autodeterminista Causa Galiza o 25 de Julho, Dia da Pátria, em Compostela baixo o lema Para enfrentarmos o capital, aquí e agora soberania nacional, que sairá da Alameda às 13:00 horas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dia da Pátria: tod@s a Compostela com a CAUSA GALIZA!


Do Espaço Irmandinho, como mais um dos agentes sociais e políticos e individualidades que participamos mancomunadamente na iniciativa popular autodeterminista Causa Galiza, queremos animar desde esta página web a todas e todos os soberanistas e, particularmente, à militáncia independentista galega, a um compromisso activo com a campanha que desenvolverá Causa Galiza para convocar o Dia da Pátria 2010, assim como à participaçom na mobilizaçom e actos programados para o nosso dia nacional.

O sítio web www.causagaliza.org é o ponto de informaçom sobre as convocatórias e iniciativas comarcais que se estám a realizar em todo o País para potencializar a campanha prévia e a mobilizaçom deste 25 de Julho de 2010, que supom a quarta ediçom consecutiva do Dia da Pátria em que as bases soberanistas e independentistas galegas percorrerám as ruas da nossa capital sob umha identidade comum e umhas reivindicaçons únicas e compartilhadas.

Para enfrontarmos o capital, aqui e agora, Soberania Nacional!

Viva o Dia da Pátria!

Viva Galiza ceive!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A via estatutária está morta: Galiza necessita a Independência

Despois de conhecer a sentença emitida polo Tribunal Constitucional espanhol a respeito do Estatut de Catalunya, as organizaçons independentistas Espaço Irmandinho (EI), Movemento pola Base (MpB) e Frente Popular Galega (FPG) queremos transmitir ao povo galego as seguintes consideraçons:

1º Com este auto do TC, o Estado Espanhol volve dar, mais umha vez, mostra da sua natureza antidemocrática: umha norma legal desenvolvida no seo da arquitectura jurídica espanhola, aprovada por 90% do Parlament catalám, polo parlamento espanhol e refrendada polo povo catalám, é mutilada por um tribunal criado a propósito para a defesa do “espírito constitucional”, é dizer, neste caso, da defesa da “indisoluble unidad de la nación espanhola”, sacralizada e recolhida no artigo 2º dumha Constituiçom espanhola, que o próprio Franco deixou bem atada na pessoa do Borbón, e à que o nosso povo virou as costas massivamente em 1978.

2º Afirmamos que esta sentença confirma o nulo percorrido da estratégia autonomista como "via progressiva" face a Soberania Nacional. As reivindicaçons das naçons sem Estado tocárom teito dentro do marco constitucional espanhol. Devemos insistir, portanto, em que o reconhecimento nacional da Galiza e dos direitos nacionais que nos correspondem como naçom, entre eles o de Autodeterminaçom, ficam totalmente negados mais umha vez polo Reino de Espanha. A ideia de avançar face um Estado plurinacional que pudesse, hipoteticamente, reconhecer em igualdade de condiçons a identidade, a liberdade e os direitos deste país, Galiza, mostra-se mais umha vez como umha quimeira ingénua ou como umha arma contra a luita de liberaçom nacional.

3º Reafirmamos a via independentista como única alternativa possível para conquistar um futuro de Soberania Nacional para a Galiza. Neste sentido, queremos chamar a atençom dos galegos e galegas sobre o balanço abertamente negativo que fazemos destes 32 anos de autonomia em Espanha: generalizaçom da precariedade laboral, reduçom do número de falantes de Galego, deterioro ambiental e territorial, espólio dos recursos nacionais, disoluçom crescente dos laços comunitários, etc. Como já anunciaramos o nacionalismo popular na Transición, o regime autonómico é inútil para solucionar as principais problemáticas sócio- económicas, ambientais e políticas da nossa Terra.

4º Por isto, desde umha posiçom democrática, patriótica, soberanista e de esquerdas, devemos deixar claro que nom vamos assumir o rol colonialista que pretendem reinstaurar políticos e caciques de novo cunho, como certos sectores maioritários no autonomismo autóctono, que pretendem vender o País a umha determinada burguesia que tam só é correia de transmisom do grande capital e, portanto, tam reaccionária no social como no nacional.

5º Fazemos um chamamento à totalidade do nacionalismo galego e às classes populares para enfrontarrnos futura reforma estatutária “perfeitamente constitucional” que PP e PSOE iniciarám em breve e que, provavelmente, contará com o concurso da direcçom do autonomismo. Fazemos um chamamento, pois, a todas as trabalhadoras e trabalhadores, aos e as patriotas galegas e ao conhunto das e dos democratas deste país para rejeitar o marco autonómico e para apostar na rutura com o marco jurídico–político imposto polo fascismo espanhol, como única possibilidade para construír um futuro de autêntica democracia e soberania neste país.6º Damos, por último, o nosso apoio aos companheiros e companheiras cataláns que nesta vindeira fim-de-semana se manifestarám em favor da sua naçom e do direito inalienável a decidirem o seu presente e futuro sem ingerências e em liberdade.

Viva Galiza Ceive e Socialista!
Estatutos nom, autodeterminaçom!
A Independência é o único caminho!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Para defendermos o galego, Galiza necessita soberania e independência

As organizaçons independentistas Fronte Popular Galega (FPG), Movemento pola Base (MpB) e nós, Espaço Irmandinho (EI), aprovamos nesta semana a ediçom e publicaçom conjunta dum comunicado ante o 17 de Maio num contexto de extrema agressividade institucional contra a língua nacional. O texto que a seguir publicamos na íntegra é, após o manifesto em defesa da Terra emitido no passado 21 de Março, a segunda comunicaçom pública e conjunta das organizaçons políticas do independentismo. Nele, a FPG, o MpB e o EI chamamos à resistência social e política contra o Decreto do Espanhol, a desobediência académica ao citado decreto e o monolingüísmo social como alternativa estratégica para o País:

Tal dia como hoje cumprem-se cento e quarenta e sete anos da publicaçom, em Vigo, dos Cantares Gallegos de Rosalia de Castro. Este Dia das Letras Galegas está dedicado à memória de Uxío Novoneyra.

Novoneyra, longe de ser o “paisagista místico” que certos reaccionários pretendem, foi um materialista que soubo fundir-se com a natureza e identificar-se com as arelas de liberaçom do povo galego em conexom internacionalista e solidária com todos os povos assovalhados do mundo. Sofreu a opressom e militou com dignidade suprema no antifascismo.

Percebeu a natureza feroz do inimigo e combateu-o com as suas nobres palavras. Amou a Naçom das humilhadas e humilhados e dos despersonalizados polo colonialismo e quijo insuflar-nos a todos/as o vigor de liberdade que vivia no seu verbo. Novoneyra foi um patriota da língua que sentia esta como a ánima de ferro que sustenta Galiza.

As organizaçons Frente Popular Galega (FPG), Movemento pola Base (MpB) e Espaço Irmandinho (EI) que assinamos este comunicado unimo-nos hoje aos que fam memória pública e colectiva (que será permanente) do grande poeta do Courel e grande poeta nacional que Novoneyra foi, é, e seguirá a ser em todos os séculos futuros.

Novoneyra canta a dor do sujeito, a paixom e a fondura do amor e as grandes mágoas sofridas no duro curso da própria existência. Mas esse radical existencialismo nunca lhe impediu abrir-se ao sentir da colectividade humana.

Vivemos, com emoçom, um momento em que as multidons se unem contra a infámia na Galiza. Devemos estar entre as massas de trabalhadores e trabalhadoras que sofrem a crise capitalista e que reclamam a mobilizaçom constante até um objectivo, a GREVE GERAL, que detenha o furor capitalista e que nos encaminhe à INDEPENDÊNCIA NACIONAL e ao SOCIALISMO. E, neste 17 de Maio, Dia das Letras Galegas que sem dúvida vai passar à História, as organizaçons citadas também nos unimos à maioria social que na Galiza rejeita o DECRETO que os poderes coloniais espanhóis preparam com o fim de fazer o nosso idioma mais subalterno e inferiorizado, reivindicando o monolingüísmo social e alentando à desobediência do professorado e o estudantado galegos contra a estratégia de extermínio da nossa língua. Eles intentam fazer desaparecer a língua de Novoneyra, o idioma nacional dos galegos e das galegas. Nom o toleraremos.

NA MEMÓRIA DE NOVONEYRA: NOM AO DECRETO DO EXTERMÍNIO!
NO DIA DAS LETRAS GALEGAS: VIVA GALIZA INDEPENDENTE E SOCIALISTA!

Dia das Letras 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Espaço Irmandinho ante o processo político contra o militante galego Jurjo Rodrigues Olveira

A rede nacional de militantes independentistas Espaço Irmandinho, ante o juízo político que terá lugar amanhá 16 de Abril no Julgado Central de Menores da Audiência Nacional contra o patriota galego Jurjo Rodrigues Olveira, quer transmitir ao Povo Galego as seguintes consideraçons:

1ª Reconhecemos na pessoa de Jurjo Rodrigues Olveira, assim como nas dos também presos independentistas Ugio Caamanho Sam-Tisso e Óscar Sanches Blanco, actualmente encarcerados e dispersados, a militantes galegos comprometidos na luita de liberaçom nacional e social deste País e a nacionalistas que assumírom altíssimos custos pessoais pola sua implicaçom neste processo aberto. Achamos, portanto, que é o nosso dever, como nacionalistas galegos e galegas, recabar e exercer a solidariedade activa em favor destes militantes, convidar o Povo Galego nesta direcçom e denunciar a intoxicaçom mediática que apresenta estes cidadáns da Galiza como “terroristas” ou “indivíduos associais”.

2ª Caracterizamos o processo político aberto contra Jurjo Rodrigues Olveira nos tribunais de excepçom do Estado como umha farsa judicial. Farsa sem quaisquer garantias legais que, como nos casos de Caamanho e Blanco, soma-se agora à imposiçom dumha arbitrária prisom preventiva, da deportaçom a centos de quilómetros da Galiza, da extorsom económica de familiares e companheir@s, do próprio sequestro legal de que som objecto e de tratamentos penitenciários personalizados que fariam duvidar da natureza democrática do Estado espanhol a qualquer observador internacional minimamente desprejuizado.

3ª O decorrer da luita pola liberaçom nacional e social deste País demonstrou até a saciedade que a repressom é companheira inseparável daqueles homes e mulheres que decidírom, e decidem cada dia, incorporar-se a este projecto colectivo de liberdade e progresso para a Galiza. A luita pola autodeterminaçom e a independência da Pátria é a antítese dum “caminho de rosas”. No entanto, nós, junto a centos de homes e mulheres desta velha naçom, estamos decididas e decididos a andarmos esse caminho, acumulando forças, construindo, participando nas luitas, fazendo frente com firmeza à repressom e avançando.

Temos umha certeza: Espanha foi, é, e ainda será no futuro imediato, capaz de impingir sufrimento e adversidades a quem luitamos pola liberdade da Galiza. A política da Delegación del Gobierno de España no nosso País é eloquente a este respeito, tanto como a prática dos tribunais estatais e as forças de ocupaçom na abordagem da conflitividade social e política que gera o nosso Povo. No entanto, sabemos, também, temos também a certeza, de que nengum tribunal, nengum corpo repressivo, nengumha prisom, serám capazes de represar a luita independentista galega. Hoje, como onte, seguem a ser uns imperialistas fracassados.

LIBERDADE PRESOS INDEPENDENTISTAS!
A DEFESA DA TERRA NOM É “DELITO”!
AVANTE A LUITA DE LIBERAÇOM NACIONAL E SOCIAL DA GALIZA!

sábado, 20 de março de 2010

Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necesita soberania e independência

Publicamos a declaraçom Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necessita soberania e independência. O diagnóstico recolhido neste manifesto, que sai à luz 48 horas antes da celebraçom dumha nova mobilizaçom nacional em defesa do território convocada por Galiza nom se vende, é compartilhado polas organizaçons políticas independentistas Fronte Popular Galega (FPG), Movemento pola Base (MpB) e por Espaço Irmandinho (EI). Valorizamos muito positivamente esta confluência na análise e aguardamos que, mais cedo que tarde, da teoria passemos a umha praxe mancomunada dos agentes políticos e sociais dispostos a defender a Terra da destruçom e o espólio colonial. O tempo exige unidades, generosidade e a altura de miras que evidencia esta declaraçom.

Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necesita soberania e independência

Quem contemplar o decorrer dos últimos 50 anos de História da Galiza, sobretodo, as duas últimas décadas, concluirá que o processo de liquidaçom a que está submetido este povo sob o regime colonial acelerou a sua velocidade destrutiva com o passo do tempo.

Hoje comprovamos as consequências mais perversas desse processo que afecta todos os eidos da existência colectiva: da minorizaçom social e a deturpaçom da língua à alteraçom irreversível da paisagem; da liquidaçom programada dos sectores produtivos estratégicos à destruiçom da sociabilidade, com a criaçom dumha sociedade narcotizada, consumista e individualista; do histórico espólio dos recursos naturais à perda da soberania alimentar a maos de transnacionais do sector que emponçonham a terra; da precarizaçom massiva do emprego à reapariçom de modalidades de escravismo laboral, etc. Todos os planos da nossa existência como povo estám salpicados dum modo ou outro por este assalto voraz ao território e os recursos.

A lógica irracional do progresso entendido como aumento continuado dos níveis de consumo, como incremento da mobilidade individual, assumido por amplos sectores sociais e políticos –incluido o nacionalismo maioritário-, é a coarctada sob a que o capital transnacional, as autoridades coloniais e umha administraçom autonómica plenamente cúmplice da desfeita executárom e executam o plano destrutivo.

Assim, sob este modelo colonial de ordenaçom territorial, transitamos face umha Galiza que concentra a sua populaçom numha estreita conurbaçom costeira de norte a sul enquanto se desertiza o interior; comprovamos como se contamina umha fonte de riqueza social como as nossas Rias, enquanto as serras som ocupadas por transnacionais da energia eólica e se desenham planos para o espólio energético do mar; destrói-se um sistema de vida fundamentado na produçom local labrega e marinheira para forçar-nos a consumir produtos de pior qualidade importados de terceiros países, etc. Seria impossível expor na brevidade que exige esta folha a listagem de efeitos negativos que provoca esta dinámica.

Nós, como independentistas, entendemos que a resistência a este processo destrutivo se deve situar a dous níveis: por umha parte, potencializando as redes sociais de ámbito comarcal comprometidas na defesa do território. Hoje, ante a voracidade selvagem das transnacionais e do capitalismo colonial, é vital artelhar sólidos movimentos populares de oposiçom coordenados a nível nacional e cientes de que cada luita local ou comarcal fam parte da luita nacional, porque todos os projectos localizados estám incardinados numha ordenaçom territorial global.

Por outra parte, reorganizar um movimento sócio-político independentista amplo e plural que situe a conquista do poder próprio de decisom, a autodeterminaçom e a independência como principais nortes da sua intervençom. Reivindicar hoje a soberania já nom é apenas exigir um direito democrático usurpado, mas trabalharmos para criar ferramentas políticas e institucionais que nos permitam sermos don@s do nosso território e dos nossos recursos.

Sobre estes dous reptos –a articulaçom de resistências sociais imediatas e construçom dum projecto sócio-político soberanista de massas- é que entendemos traçável umha táctica e umha estratégia à altura das circunstáncias actuais. Temos vontade de luita, temos esperança no futuro e temos a certeza de que este presente de luita que se inicia trazerá um futuro nosso.

Avante a defesa da Terra!
Avante a luita pola independencia e o socialismo!
Viva Galiza ceive!