Recordamos neste Dia da Galiza Combatente a queda em combate dos militantes do EGPGC Lola Castro Lamas e Jose Vilar Regueiro em 1990 quando participavam numha acçom contra o negócio criminoso do narcotráfico. Por sua vez, celebramos também o 10º aniversário da declaraçom do 11 de Outubro como Dia da Galiza Combatente. Mais um ano, a lembrança convoca à reflexom, à avaliaçom do presente e o desenho e construçom de vieiros para avançar no projecto de emancipaçom nacional e social deste País.
Longe dumha memória independentista entendida como nostálgia passiva, mitomania ou recopilaçom historiográfica, longe das políticas de cópia e cola aplicadas a realidades sociais e momentos históricos distintos e distantes, evocar quem arriscárom e arriscam a liberdade e a vida no combate contra a dominaçom colonial, quando esta evocaçom é sincera, com projecçom de futuro, exige assinalar caminhos polos que continuar o combate nacional pola liberdade.
O Espaço Irmandinho, com o exemplo de Moncho Reboiras, de Lola Castro e de Jose Vilar nas nossas retinas, queremos achegar neste dia três graus de areia que achamos imprescindíveis para avançar no caminho assinalado por Moncho, Lola e José e por milhares de galegas e galegos:
1º É prioridade reorganizar o campo independentista, dotando-o, como primeiro passo, do referente político amplo em chave de emancipaçom nacional e social que supere a atomizaçom e o irresolúvel conflito fraccional. Tam óbvia como a complexidade da tarefa é a sua necessidade e a importáncia de desenvolvê-la com seriedade sobre bases firmes. Queremos exprimir hoje que o nosso agrupamento de militantes é, e será, um aliado firme e confiável daqueles agentes políticos e sociais, homes e mulheres, decididos a se comprometer a fundo nesta obra colectiva.
2º Confirmamos mais umha vez na Greve Geral de 29-S, quando a Galiza invalidava as prediçons dos opinólogos e desbordava a capacidade de contençom dos lacaios da repressom, que somos um povo disposto a defender-se. Corresponde-nos, pois, como independentistas, umha intervençom decidida e coordenada no remoinho da crise capitalista que agudize contradiçons e acumule forças numha estratégia nacional à margem da armadilha estatutista e das cumplicidades na legitimaçom do Estado opressor.
3º Lograr a combinaçom acertada de métodos de luita é a prova irrefutável da inteligência colectiva dum movimento de libertaçom nacional, à vez que a tarefa mais difícil. Acumular forças e avançar, saber quando golpear ou repregar-se em ordem, esquivar as batalhas em campo aberto, tender pontes e construir confianças férreas, estimar constantemente a correlaçom de forças, etc. som práticas que definem um arte cujo domínio exige décadas de experiência. Nós, desde a modéstia, mas também desde o compromisso diário e intransigente, admitimos carecer da fórmula mágica. Descubri-la será fruto da praxe colectiva dum MLNG numha dialéctica constante de ensaio, erro e acerto. Contodo, sim sabemos que o inimigo procura fendas onde fazer alavanca para dinamitar as coesons presentes e as que estám por edificar. Neste sentido é que queremos incidir mais umha vez na necessidade de, mantendo a valiosa diversidade interna que nos caracteriza, sermos tod@s um só home, umha soa mulher, frente os repressores e com @s repressaliad@s de onte, hoje e amanhá.
D. M. Q. E.
Viva Galiza ceive!
Viva o Dia da Galiza Combatente!
Espaço Irmandinho