Este é o sítio web do Espaço Irmandinho. Um modesto ponto de informaçom na Internet que pretendemos sirva como referência própria e local de contacto com a rede nacional de militantes independentistas que constituimos em 2005 para trabalhar na construçom e a liberaçom nacional e social deste país.Aplicando à nossa política de comunicaçom os princípios de renúncia ao marketing fraccional competitivo e fomento dos projectos mediáticos em chave nacional e independentista, este portal oferecerá apenas o que é próprio e exclusivo da fracçom política que o impulsiona –textos públicos, iniciativas, propostas, etc.-, renunciando à tentaçom de abrangermos o amplo espaço que vai da formaçom à informaçom quotidiana hoje cuberto por múltiplos projectos que respondem a este abano de necessidades com mais eficiência que em qualquer outro momento histórico anterior. Apontar, por último, que neste sítio web aparecerám esporadicamente aqueles pronunciamentos e valorizaçons sócio-políticas que a nossa rede organizativa considere necessário publicar e fazer chegar à militáncia do Movimento de Liberaçom Nacional Galego e o conjunto do povo.


sábado, 20 de março de 2010

Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necesita soberania e independência

Publicamos a declaraçom Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necessita soberania e independência. O diagnóstico recolhido neste manifesto, que sai à luz 48 horas antes da celebraçom dumha nova mobilizaçom nacional em defesa do território convocada por Galiza nom se vende, é compartilhado polas organizaçons políticas independentistas Fronte Popular Galega (FPG), Movemento pola Base (MpB) e por Espaço Irmandinho (EI). Valorizamos muito positivamente esta confluência na análise e aguardamos que, mais cedo que tarde, da teoria passemos a umha praxe mancomunada dos agentes políticos e sociais dispostos a defender a Terra da destruçom e o espólio colonial. O tempo exige unidades, generosidade e a altura de miras que evidencia esta declaraçom.

Para defendermos a Terra e o povo da devastaçom, Galiza necesita soberania e independência

Quem contemplar o decorrer dos últimos 50 anos de História da Galiza, sobretodo, as duas últimas décadas, concluirá que o processo de liquidaçom a que está submetido este povo sob o regime colonial acelerou a sua velocidade destrutiva com o passo do tempo.

Hoje comprovamos as consequências mais perversas desse processo que afecta todos os eidos da existência colectiva: da minorizaçom social e a deturpaçom da língua à alteraçom irreversível da paisagem; da liquidaçom programada dos sectores produtivos estratégicos à destruiçom da sociabilidade, com a criaçom dumha sociedade narcotizada, consumista e individualista; do histórico espólio dos recursos naturais à perda da soberania alimentar a maos de transnacionais do sector que emponçonham a terra; da precarizaçom massiva do emprego à reapariçom de modalidades de escravismo laboral, etc. Todos os planos da nossa existência como povo estám salpicados dum modo ou outro por este assalto voraz ao território e os recursos.

A lógica irracional do progresso entendido como aumento continuado dos níveis de consumo, como incremento da mobilidade individual, assumido por amplos sectores sociais e políticos –incluido o nacionalismo maioritário-, é a coarctada sob a que o capital transnacional, as autoridades coloniais e umha administraçom autonómica plenamente cúmplice da desfeita executárom e executam o plano destrutivo.

Assim, sob este modelo colonial de ordenaçom territorial, transitamos face umha Galiza que concentra a sua populaçom numha estreita conurbaçom costeira de norte a sul enquanto se desertiza o interior; comprovamos como se contamina umha fonte de riqueza social como as nossas Rias, enquanto as serras som ocupadas por transnacionais da energia eólica e se desenham planos para o espólio energético do mar; destrói-se um sistema de vida fundamentado na produçom local labrega e marinheira para forçar-nos a consumir produtos de pior qualidade importados de terceiros países, etc. Seria impossível expor na brevidade que exige esta folha a listagem de efeitos negativos que provoca esta dinámica.

Nós, como independentistas, entendemos que a resistência a este processo destrutivo se deve situar a dous níveis: por umha parte, potencializando as redes sociais de ámbito comarcal comprometidas na defesa do território. Hoje, ante a voracidade selvagem das transnacionais e do capitalismo colonial, é vital artelhar sólidos movimentos populares de oposiçom coordenados a nível nacional e cientes de que cada luita local ou comarcal fam parte da luita nacional, porque todos os projectos localizados estám incardinados numha ordenaçom territorial global.

Por outra parte, reorganizar um movimento sócio-político independentista amplo e plural que situe a conquista do poder próprio de decisom, a autodeterminaçom e a independência como principais nortes da sua intervençom. Reivindicar hoje a soberania já nom é apenas exigir um direito democrático usurpado, mas trabalharmos para criar ferramentas políticas e institucionais que nos permitam sermos don@s do nosso território e dos nossos recursos.

Sobre estes dous reptos –a articulaçom de resistências sociais imediatas e construçom dum projecto sócio-político soberanista de massas- é que entendemos traçável umha táctica e umha estratégia à altura das circunstáncias actuais. Temos vontade de luita, temos esperança no futuro e temos a certeza de que este presente de luita que se inicia trazerá um futuro nosso.

Avante a defesa da Terra!
Avante a luita pola independencia e o socialismo!
Viva Galiza ceive!